Os Marranos

Os B'nei Anussim, como foi chamado pelos Hebreus os forçados a se converter ao catolicismo na Península Ibérica, este trágico episódio foi marcado pela inquisição Católica que visava limpar a Europa dos Infiéis indesejáveis, e adivinhem quem caiu nessa ?, os Hebreus como sempre foram prejudicados, principalmente pelos que eles conviviam juntos, por um simples motivo, a INVEJA, estes elementos Hebraicos que viviam com liberdade na Espanha e Portugal, e haviam passado problemas apenas com os Reis visigóticos, onde estes acabam por apoiar os invasores da Península Ibérica, os Mouros, onde estes permaneceram por um bom tempo lá naquela região, até haver a reconquista Cristã, e assim o Reino de Portugal conquistar áreas com expressiva população de Hebreus, focando a cidade de Lisboa, que mais tarde se tornou capital dos Portugueses, já lá para Espanha, o último território Islâmico a cair foi Granada, onde havia milhares de Judeus, em alguns lugares chegavam a ser metade da população da cidade, na verdade a Espanha até o final do século XV, era pequenos reinos Cristãos, com vária linguagens, por exemplo no Reino de Leão, se falava Leonês, em Castela o Castelhano, hoje conhecido como Espanhol, em Aragão o Aragonês, em Catalunha, o Catalão, e assim se unificou e se tornou o Reino Espanhol, nessa unificação houve os casamentos de Isabel I de Castela, Fernando II de Aragão que estabeleceu a inquisição Católica, e lá houve um ultimato aos Judeus, exatamente em 1492, ou se converte, ou tem três meses para sair da Espanha, assim cerca de 300 mil Judeus se refugiaram em Portugal, a minoria para a África.

Aos que ficaram na Espanha, foram conhecidos como Marranos, que em Espanhol quer dizer porco, em Portugal foram relativamente bem recebidos, mais isso era o começo, Dom João II, fez um inferno a vida dos Hebreus em sua estadia lá, ele exigiu pagamento para sua entrada, após isso ele declarou a escravidão dos Judeus em Portugal, e mais, ele mandou sequestrar as crianças Israelitas, e as deixou na recém descoberta São Tomé, em meio a répteis, essas crianças foram todas mortas.

Em 1494, um novo monarca sobe ao trono, este é Dom Manuel I que restaurou a liberdade aos Hebreus, os tirando da escravidão, assim os Judeus poderão retomar suas antigas profissões e prosperarem de novo, porém com o novo Estado Espanhol, e o grande planejamento do Rei de dominar a Espanha, está prestes a realizar, com seu casamento com Isabel das Astúrias, porém havia uma cláusula no contrato de casamento, não poderia haver infiéis, isso incluia Judeus, então com isso eles declararam a conversão forçada ao Cristianismo, ou poderiam morar em outro lugar, deixando os filhos no Reino Português, para piorar em 1506 houve um Pogrom em Lisboa, onde 2000 Israelitas foram queimados no rócio, mais uma série de investidas da realeza para enxotarem eles para São Tomé, e para terminar de piorar em 1536 se instalou a inquisição em Portugal, o primeiro auto de fé foi em 1540, a inquisição se determinou em cometer um genocídio daqueles que se converteram.

A maioria desses Judeus fugiram para o Brasil, outros foram para Amsterdã, Hamburgo, partes da Grécia, e Istambul, já que os Turcos aceitaram receber os Israelitas em sua terra, para as regiões das Antilhas, onde ainda é encontrado muitos dialetos em Português, e em Curaçao no Caribe, esses venturosos Hebreus foram chamados de Judeus da Nação Portuguesa, m domínios portugueses, como Cristão-novo, um exemplo de descendente dessa prole é o Benjamin Disraeli, e Baruch Espinoza, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

 

Para concluir hoje está havendo um renascimento desses Serfaditas, em voltarem a fé de seus ancestrais, Abraão, Isaac e Jacó, que com determinação, estão retornando pelo judaísmo ortodoxo, ou se convertendo, uma grande pesquisadora nessa área é Anita Novinsky, uma Judia Polaca que vive lutando por um reconhecimento maior desse lado da história do povo de Israel, ainda pouco conhecido fora, esses eventos na Península Ibérica foi um Holocausto também, proporcionado pela Igreja Católica, e as monarquias Ibéricas.

Att: Rudi Matheus Resende Guimarães.

Fonte:

Complexidades de Rudi