Homens que pregavam o fim da Igreja Assembleia de Deus são condenados por intolerância religiosa


A justiça do Rio de Janeiro condenou pelo crime de preconceito dois evangélicos acusados de difundir por meio da internet ideias de discriminação religiosa, ofendendo seguidores de outras religiões. A sentença foi proferida pela juíza Ana Luiza Mayon Nogueira, da 20ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
De acordo com a ação, movida pelo Ministério Público do Estado, os dois membros da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, o pastor Tupirani da Hora Lores, e Afonso Henrique Alves Lobato, um de seus discípulos, utilizavam blogs para pregar o fim da igreja Assembleia de Deus e para atacar outros segmentos religiosos com os quais não concordavam.
Os religiosos praticavam ainda intolerância religiosa contra judeus e afirmavam que as outras religiões são seguidoras do diabo e adoradoras do demônio. Eles também associavam a figura de pais de santo a homossexuais, menosprezando ambos, segundo informou o site JusBrasil.
Segundo a sentença proferida pela juíza, o pastor teria confirmado, durante o interrogatório, que sua religião prega que, “como discípulo de Jesus Cristo, deve acusar todos os outros conceitos em geral que são contrários ao Evangelho de Jesus Cristo (…), que não existe pai de santo heterossexual, pois todos são homossexuais; que homossexualismo é possessão demoníaca; que uma pessoa que está possuída pelo demônio não merece confiança; e que discrimina todas as religiões.
O pastor Tupirani foi condenado à prestação de serviço à comunidade e ao pagamento de dez salários mínimos em favor de uma entidade beneficente. Já seu discípulo, Afonso Henrique, foi condenado à prestação de serviço e limitação de fim de semana. Ainda de acordo com a sentença, em nenhum momento os dois tentaram justificar suas condutas.
Fonte: Gospel+


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