O filme será lançado em abril de 2013, mas foi exibido no começo desta semana no Festival do Rio.
Na trama de “Uma História de Amor e Fúria” o diretor Luiz Bolognesi mostra o Brasil em 2096 que tem como presidente da República um pastor evangélico. A animação mostra o país em pleno caos, onde até mesmo o Cristo Redentor foi destruído.
O filme foi exibido dentro de uma mostra competitiva no Festival do Rio no começo desta semana e deve estrear nas telonas em abril de 2013.
O cineasta mostra que o presidente tem fortes ligações com milícias que possuem ações na bolsa, pessoas capazes de matar crianças para proteger os interesses da elite.
A trama promete gerar muitas polêmicas, não só por ligar um pastor com o crime, mas também por destruir o maior símbolo do país. “O Cristo é o grande símbolo do Rio. Várias pessoas falaram: ‘Cara, você vai ser linchado!’”, contou Bolognesi em entrevista exclusiva ao jornal Folha de São Paulo.
O filme faz um passeio épico que começa em 1566, próximo à fundação do Rio (datada em 1565), seguindo pela revolta da Balaiada, que aconteceu no Maranhão (1838 – 1941), passando por movimentos estudantis que sacudiram o país nas décadas de 70 e 80 até chegar em 2096.
“Foi extremamente difícil vender o projeto. Todo mundo me chamava de louco”, confessa o diretor. Para terminar esta animação foram gastos R$ 4,5 milhões, dinheiro bancado pelas produtoras Gullane e Buriti. Para o desenvolvimento deste longa foi preciso reunir uma equipe de 30 jovens animadores.
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