A política do “filho único na China”, implantada desde 1971, trouxe consigo mais de 330 milhões de abortos, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, ao menos 196 milhões de esterilizações entre mulheres e homens.
Além disso, durante todo este tempo o governo têm distribuído um total de 403 milhões de dispositivos intrauterinos para evitar a fecundação.
O número de abortos foi superior a 10 milhões por ano entre 1982 a 1992, com picos de mais de 14 milhões entre 1983 a 1991, informou o ministério. A limitação de nascimentos também elevou os abortos forçados, que atualmente estão proibidos, mas mesmo assim em algumas regiões são praticados.
Desde 1980, o limite de número de nascimentos imposto a todos os chineses e a política do filho único para os residentes urbanos permitiu, segundo Pequim, evitar cerca de 400 milhões de nascimentos no país mais povoado do mundo, que contava com 1.354 milhões de habitantes no final de 2012.
A restrição no número de filhos, que visa reduzir a superpopulação, impõe penas severas para aquelas pessoas que vivem em zonas urbanas ou que intentam ter mais de um filho nas áreas rurais.
Em junho passado, o caso de uma mulher que foi obrigada abortar quando estava grávida de sete meses provocou um escândalo a nível mundial e obrigou as autoridades a pedir desculpas e indenizar a mulher.
Considerando os efeitos de uma população que envelhece rapidamente, demógrafos e analistas advertem que a política do filho único impedirá a China contar com uma força de trabalho que possa substituir a mão de obra atual e supondo que o país será obrigado a flexibilizar ou reverter o controle de natividade.
Portal Padom
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