Cristã eritreia fala como é frequentar uma igreja subterrânea

Desde 2002 as igrejas cristãs estão proibidas de funcionar no país, mas muitos dos cristãos se reúnem em porões para adorar a Deus.

Na Eritreia quase metade da população se declara cristã, porém a violência causada pela perseguição religiosa leva os fiéis a frequentar igrejas subterrâneas para evitar prisões torturas.
Misgana é uma cristã que vive naquele país e aceitou falar sobre como é frequentar cultos em igrejas fechadas em cômodos criados em baixo das casas.
“Nós prestamos culto ao Senhor em quartos e cozinhas abaixo do chão”, explica ela que lembra que desde 2002 as igrejas cristãs foram fechadas pelas autoridades.
“Assim, somos obrigados a nos reunir no subsolo das casas. Alguns irmãos cedem seus lares voluntariamente para que possamos adorar a Deus.”
Os cultos não podem levantar suspeitas, então as reuniões são silenciosas, fazendo com que os cristão sintam falta da época em que podiam cantar alto e alegremente em louvor ao Senhor.
“O que sinto falta de quando éramos livres para exercer nossa fé em Cristo publicamente, é de poder cantar com alegria, em voz alta. Agora, só podemos sussurrar. Imagine o quão difícil é para nós! Queremos expressar nossa felicidade no Senhor, mas não podemos”, disse Misgana ao site do Portas Abertas.
Ser cristão na Eritreia é um crime grave, a perseguição é tão forte que o país está no 10º lugar na lista do ministério Portas Abertas que mostra a perseguição religiosa no mundo. Para se ter uma ideia, estima-se que mais de 2.800 cristãos estão presos no país, sem contato algum com suas famílias.
“Ore pelos cristãos na Eritreia, para que possamos adorar a Deus livremente algum dia, de alguma forma”, pede Misgana. “Nós queremos dar glórias a ele em nossa cidade, nos reunir e nos alegrarmos nele. Essa é a minha oração. Ajude-me através da sua intercessão”.
Fonte: Gospel Prime


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