AOS SACERDOTES EVANGÉLICOS DO BRASIL

AOS SACERDOTES EVANGÉLICOS DO BRASIL  

Se você é um ministro do altar, provavelmente sofre alguns conflitos por causa do seu chamado. Talvez encontre dificuldades em conciliar aquilo que você crê e almeja no ministério, com o que os seus liderados estejam buscando. O que arde em seu coração não é o que o povo está querendo. Acredito que você esteja querendo as coisas do céu, mas parece que as pessoas estão precisando resolver seus problemas aqui da terra e você fica em situação difícil. Precisa alimentar o povo em suas necessidades e se não der o que eles precisam, pode ser que te deixem; mas se você buscar satisfazer o povo é Deus quem te deixa. Ministrar vidas e esperar que os frutos apareçam é natural, mas, às vezes, parece que nada está acontecendo, que as pessoas não entendem e não estão crescendo. Isso pode gerar desânimo no ministério. Ainda que estejamos debaixo de uma unção superior, é interessante entender o sacerdócio levítico. Israel estava distribuído territorialmente em doze tribos. Quem deu as terras para as doze tribos foi Deus e o povo tinha que plantar, colher, armazenar, cuidar de todas as coisas da terra e, em datas específicas, eles deviam parar tudo para encontros especiais com Seu Deus. Mas existia uma décima terceira tribo que não possuía herança na terra, que tinha como porção o Senhor e que estava o tempo todo servindo como sacerdotes. Os levitas só deviam ter uma preocupação, ministrar a Deus e conduzir o povo. Certamente a mentalidade do povo era diferente da mentalidade dos levitas. As doze tribos estavam ligadas a terra, mas os levitas estavam ligados nas coisas espirituais. Hoje vivemos situação semelhante, os que são chamados ao ministério sacerdotal pensam diferente do restante do povo, estão ligados às coisas espirituais e gostariam que todos fossem como eles. Mas o povo precisa cuidar das coisas da terra e certamente existe um equilíbrio divino para esses dois lados. Nosso papel é tirar os olhos das pessoas da terra e fazê-las olhar para as coisas celestiais, mas elas continuarão com seus pés na terra. O povo deve ser guiado pelos sacerdotes, mas não precisa ser igual. Se entendermos e respeitarmos essa diferença, teremos menos dificuldades no ministério. É natural que o povo deseje e busque as coisas da terra. As pessoas são influenciadas pelos ambientes de trabalho, das escolas, da mídia e de seus convívios sociais. O povo deseja ouvir coisas agradáveis, que saciem seu ego e suas vontades, mas o sacerdote não pode ser guiado por esses desejos. Entretanto, como ocorreu no Antigo Testamento, é crescente o número de sacerdotes que têm se esquecido de sua vocação e estão se deixando conduzir pela vontade do povo e pela avareza das coisas terrenas. Para não “perder” o povo, ministram aquilo que as pessoas gostam, profetizam falsamente e abençoam atitudes e decisões que Deus abomina. Ainda pior, se esqueceram de que o evangelho não é meio de enriquecimento, que Deus não prometeu herança material nesta terra para seus sacerdotes. Muitos se tornaram avarentos e cobiçosos, negociantes do evangelho, preferem as riquezas desta terra, do que Deus como sua herança. Seus valores de sucesso, são os mesmos do mundo. Estão servindo a Mamom e profanando os altares. Esses sacerdotes engordaram seus ministérios, cegaram a visão e estão com o coração endurecido, rejeitam a correção e ainda se sentem abençoados por Deus. Estão mortos espiritualmente, mas como a igreja de Laodicéia, pensam estar muito bem. Que triste fim terão, se não se arrependerem. Na realidade, tudo o que o povo de Deus está precisando é ouvir a verdade. Os que vivem no pecado, amam o mundo e querem as coisas do mundo; não pertencem a Deus, são seus inimigos e não deveriam estar nas igrejas. Mas existe um povo que quer Deus e precisa de verdadeiros sacerdotes, que os ensinem a verdade e os conduza pelas veredas do Senhor. Esse povo quando corrigido não abandona a casa, pelo contrário, ama ainda mais e se torna mais fiel, pois reconhece as verdadeiras palavras de salvação e dela não se apartarão. Se você é um sacerdote que se deixou levar pela vontade do povo, cobiçou das riquezas dessa terra, pregou um falso evangelho ou foi mal conduzido por sua cobertura espiritual, é tempo de prantear, de se humilhar diante de Deus e da igreja, pedir perdão por se deixar enganar, levando muitos consigo e renunciar a tudo que te afasta da verdade. Deus quer salvar o Brasil, as multidões estão sedentas pela verdade, mas o arrependimento começa pelo ministério sacerdotal. Deus te abençoe!  
Gladiston Riekstins de Amorim (Pr Dinho) prdinho@ministerioatosdejustica.org


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